Uma forte ligação à natureza tem um impacto significativo na saúde psicossocial de crianças e adolescentes, influenciando tanto o bem-estar mental como o desenvolvimento cognitivo. Esta ligação também tem efeitos positivos na coesão social, na redução do stress e no estado emocional. Incentivar o contacto com a natureza é essencial para a resiliência e para a prevenção de distúrbios de comportamento externalizante em crianças em idade escolar. Para tal, as escolas devem adotar abordagens pedagógicas que facilitem a exposição à natureza e que eduquem os alunos para uma interação responsável e sustentável com o ambiente. Promover uma interação responsável com a natureza depende fortemente de comportamentos pró-ambientais, os quais são influenciados por fatores sociais e pessoais que variam entre culturas. Uma abordagem escolar já estabelecida para promover comportamentos positivos com base em normas socioculturais é o modelo Schoolwide Positive Behavior Support (SW-PBS). O SW-PBS integra investigação nas áreas do desenvolvimento escolar, educação especial e saúde mental escolar, com o objetivo de melhorar os comportamentos dos alunos em vários níveis. Define valores centrais e expectativas comportamentais ao Nível 1, para todos os alunos, e fornece apoio diferenciado nos Níveis 2 e 3 para aqueles que demonstram dificuldades em adotar os comportamentos desejados. Embora os conceitos existentes se centrem na prevenção de distúrbios comportamentais, existe uma oportunidade de desenvolver estratégias SW-PBS orientadas para a promoção de comportamentos pró-ambientais, tendo em conta o seu impacto potencial. O projeto GREEN SESAME desenvolve uma adaptação inovadora do modelo School Wide Positive Behaviour Support (SW-PBS), promovendo o desenvolvimento de comportamentos pró-ambientais nos alunos. Os professores serão capacitados para educar no sentido de uma interação responsável e sustentável com a natureza, com base na utilização de uma aplicação móvel e uma aplicação web já testadas e validadas.
1) Identificação dos fatores culturais que influenciam o comportamento pró-ambiental nos países parceiros. Dado que o comportamento pró-ambiental é influenciado por diferentes fatores culturais, pessoais e sociais, o primeiro passo consiste em analisar estes fatores e desenvolver uma matriz que os sistematize para os países parceiros. Esta matriz será utilizada como base para o desenvolvimento da abordagem SW-PBS. 2) Desenvolvimento de uma abordagem SW-PBS para a promoção gamificada e baseada em aplicações do comportamento pró-ambiental nas escolas. A nossa conceção atual prevê: No Nível 1, serão desenvolvidas e ensinadas atividades de sensibilização para o comportamento pró-ambiental. No Nível 2, os professores trabalharão com alunos que apresentam menor sensibilidade ambiental, realizando atividades focadas em comportamentos específicos de respeito pelo ambiente nos quais estes alunos demonstram dificuldades. No Nível 3, poderemos trabalhar com alunos que tenham praticado atos de vandalismo ou que revelem uma resistência particular em respeitar o ambiente. 3) Desenvolvimento de uma formação para professores sobre o planeamento e implementação do conceito desenvolvido. Para garantir a implementação precisa e abrangente do conceito nas escolas, será desenvolvida uma formação para professores, capacitando o corpo docente na aplicação da abordagem. Esta formação terá em conta as características culturais dos países parceiros. 4) Implementação-piloto e avaliação do conceito desenvolvido. Serão realizadas ações-piloto para avaliar a eficácia do conceito no desenvolvimento de comportamentos pró-ambientais, no aumento do contacto com a natureza e na redução de problemas de comportamento externalizante nos alunos.
Alunos (11-14 anos) terão o papel de “agentes de mudança”. A aplicação será também disponibilizada a pais e outros adultos, o que provavelmente levará a uma mudança nas suas atitudes. Escolas – a transformação ecológica do ecossistema escolar será resultado do compromisso de toda a comunidade educativa. Centros de EFP (Educação e Formação Profissional), organizações da sociedade civil, jovens, universidades e organizações desportivas. Cidadãos em geral.